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Tratamento de Efluentes: a diferença entre DBP e DQO

Tratamento de Águas e Efluentes - Tecnoquímica

Diante de uma taxa de crescimento populacional elevada, de 1,3% ao ano, até quando os recursos naturais conseguirem sustentar a população mundial? A poluição, um dos resultados da exploração dos recursos naturais pela população, até quando será considerada “controlada”? A poluição consiste na alteração química, física ou biológica da atmosfera, da litosfera ou da hidrosfera e que pode causar danos à saúde ou à sobrevivência das pessoas e de outros seres vivos, além de provocar a interação de materiais.

Por isso, o tratamento de efluentes é um recurso usado pelas indústrias, empresas e pelo agronegócio para evitar a contaminação das águas (hidrosfera), do solo (litosfera) ou do ar (atmosfera).

Os resíduos e efluentes

O tratamento de efluentes e resíduos é um processo necessário para a preservação do meio ambiente e para evitar problemas judiciais à empresa geradora. O tratamento varia conforme os atributos físicos, químicos e biológicos do material, que é a caracterização dele.

Assim, as propriedades dos materiais dependem do ramo de atividade desenvolvido pela empresa, a operação, a matéria-prima. Para análise das etapas, o efluente é coletado e remetido para um laboratório especializado que o caracteriza e emite um laudo técnico.


A legislação

Existe uma legislação de tratamento de efluentes. O órgão que regulamenta o manejo de efluentes é o Conselho Nacional do Meio Ambiente ( CONAMA ).

Por meio da Resolução nº 357/2005 , o CONAMA define parâmetros referenciais para tratar os efluentes. Dessa forma, qualquer líquido só poderá ser lançado no meio ambiente, de forma direta ou indireta, dentro dessas normas.

Também é interessante consultar a Lei nº 9.433/1997 , conhecida como Lei das Águas. Ela fala sobre as variáveis ​​de qualidade da água que recebem os efluentes já tratados. Já o CONAMA nº 430/2011 define parâmetros para o lançamento direto da água no corpo que recebe os efluentes.

Não podemos deixar de falar também sobre a Lei nº 12.305/2010, que determina a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Ela ajuda no gerenciamento de resíduos e na conscientização sobre os impactos que eles provocam no meio ambiente.


A caracterização e os parâmetros

O laboratório caracteriza o material conforme suas propriedades e analisa parâmetros como: temperatura, pH, óleos e graxas, materiais sedimentáveis ​​e outras substâncias solúveis.

A temperatura determina a condição térmica de um corpo, ou seja, define o nível de movimento das partículas dos efluentes. Pode interferir no total de oxigênio dissolvido na água. Quanto mais alta a temperatura, menor o total de oxigênio dissolvido, o que influencia no metabolismo dos microrganismos existentes na água.

O pH mensura o total de íons positivos de hidrogênio (H+) na solução. Na escala comum, os valores de pH variam entre 0 e 14, sendo que 7 é considerado o valor ideal (nem ácido, nem básico).

Está associado ao nível de pH o conceito de autodepuração, ou seja, a neutralização de cargas poluentes que resultam de diferentes processos biológicos, físicos e químicos. Uma alteração relevante no nível de pH pode interferir no metabolismo dos microrganismos que cuidam da autodepuração da água, gerando problemas.

Além dessas, outras configurações envolvem elementos e compostos químicos como:

  • nitrogênio e fósforo (aplicados para enriquecer o solo na agricultura);
  • cianetos (usados ​​em indústrias químicas, mineradoras, processamento de metais);
  • metais pesados ​​(antimônio, cádmio, cromo, arsênio, cobre, mercúrio, chumbo e outros);
  • óleos e graxas (usados ​​em indústrias de petróleo e de óleos comestíveis, laticínios, matadouros, oficinas mecânicas, lava-jatos);
  • fenóis (usados ​​para produzir borracha, desinfetantes, tintas, resinas, colas, artesanais);
  • tensoativos (detergentes, sabões e outros produtos que diminuem a tensão superficial da água).





DBO e DQO

DBO e DQO também são parâmetros analisados ​​pelos laboratórios. Com sua ajuda, mede-se qual o potencial de poluição de fontes em um efluente.

DBO

A Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) está associada à concentração de oxigênio que os processos biológicos precisam para degradar a matéria orgânica. Alta DBO significa que existe muita matéria orgânica no efluente. Baixa DBO pode significar que não há poluição, nem microrganismos decompositores. O teste padrão, o DBO5,20, equivale ao oxigênio consumido na manipulação do material orgânico, pelo período de 5 dias e a uma temperatura de 20º C.

DQO

A Demanda Química de Oxigênio (DQO) se refere à quantidade de oxigênio que os processos químicos necessitam para degradar os materiais orgânicos. A DQO alta significa que o material orgânico consome muito oxigênio no processo de manipulação.

Deve-se ressaltar que um DQO sempre é mais alto que um DBO, pois a última se refere apenas a materiais biodegradáveis ​​enquanto a primeira se aplica a qualquer matéria passível de oxidação.

O tratamento de efluentes

Os tratamentos podem ser físico-químicos ou biológicos. O que usamos processos físico-químicos é destinado a tratar:

  • fontes inorgânicas;
  • óleos e graxas;
  • metais pesados;
  • materiais orgânicos não-biodegradáveis ​​(tanino, lignina, celulose);
  • sólidos sedimentáveis;
  • sólidos em suspensão por coagulação-floculação;
  • sólidos dissolvidos por seção química e formados a partir de oxidação química.

Já o tratamento biológico é recomendado em sólidos voláteis, sejam em suspensão, dissolvidos. É o que acontece, por exemplo, com o tratamento biológico de efluentes industriais, que reduz o percentual de carga orgânica no material.

Vamos analisar alguns exemplos para comparar a aplicação prática de DBO e DQO. Em um sistema de lodos ativados com aeração prolongada, o DBO oferece uma eficiência de remoção muito alta: entre 90% e 95%. Usando coagulação-floculação, sem tratamento de esgotos, o DBO oferece remoção com eficiência entre 50% e 75%. A maioria dos sólidos em suspensão é retirada e resta boa parte dos sólidos distribuídos.

O melhor tipo de tratamento resulta da avaliação de DBO e DQO. Nos casos em que um DQO for igual ou inferior ao dobro do DBO, provavelmente uma boa parte do material orgânico é biodegradável e ele pode ser tratado pelos métodos biológicos tradicionais.

Caso um DQO ultrapasse o dobro do DBO, provavelmente a maior parte do material não é biodegradável e recomendam-se os métodos físico-químicos (precipitação química e coagulação-floculação).

Portanto, DBO e DQO são parâmetros indispensáveis ​​na hora de decidir qual será o tratamento dado aos resíduos e efluentes. Garantem-se assim a preservação do meio ambiente e a segurança da população, já que os materiais tenham o destino mais adequado.

Você já sabe: o tratamento de efluentes é responsabilidade do gerador de resíduos. Para que não corra riscos de poluição ambiental e ameaça à saúde das pessoas, o ideal é terceirizar o tratamento de efluentes, delegando essa tarefa a uma empresa especializada. Já pensou nessa proposta para sua organização?

A Tecnoquímica em conjunto com seus parceiros pode estudar caso a caso para o melhor tratamento de sua indústria, entre contato conosco para fazermos uma visita técnica com levantamento de dados e assim mostrar as melhores opções para o tratamento de efluentes.

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